Parece moleza ser
crente, mas duro é ser cristão.
O crente pode agir
dentro do princípio da legalidade e bater no peito que segue as leis, mas o
cristão tem de abrir mão quando o negócio é revestido de legalidade, mas atinge
mortalmente a moralidade: é legal receber vale transporte, mas ilegal declarar
que mora mais longe para receber valor maior... anteriormente, quando era
entregue papel, usar o vale para compras ou ainda trocar por dinheiro com
terceiros.
O crente pode andar
com o documento do carro atrasado e dar um jeitinho na hora do aperto, mas o
cristão deve dar um jeitinho de permanecer com o carro na garagem até tudo
estar regularizado.
Quem disse que ser
cristão era moleza?
O crente consegue
despesas ilícitas para abater o Imposto de Renda e ainda ter restituição; o
cristão declara certo e cai na malha fina, tendo que se explicar.
O crente consegue um
contrato de gaveta para não declarar renda maior do que o financiamento permite
sem que haja atualização; o cristão faz declaração, paga transmissão e ainda
arca com tributo atrasado.
O crente nem esquenta
se a conta de luz vem baixo por erro da companhia; o cristão reclama, ouve que
não há erro, insiste e depois paga diferença acumulada.
O crente sai da graça
quando pisam no seu pé; o cristão tem de colocar o outro pé, a perna, a cabeça
e a cara a tapa.
O crente se estiver
certo no ponto de vista, grita e põe o dedo à risca; o cristão se recolhe
quando os ânimos se exaltam e aguarda o reconhecimento de seu ponto de vista.
Quem falou que era fácil?
O crente pode até
fazer ou deixar de fazer alguma coisa por conta de seu orgulho, mas o cristão
tem de fazer ou deixar de fazer algo para não escandalizar, para honrar o nome
que está acima de todos os nomes, mostrando que é e faz a diferença.
O crente sabe que
vida de cristão não é fácil, mas o cristão sabe que o preço pago na cruz do
calvário não foi fácil e tudo que confronta sua fé e seus princípios não podem
ser comparados com a glória que há de vir!
Ser crente não é mole
não; o duro é ser cristão!