segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Pastor de tempo integral e membro de tempo parcial




         Persegue-nos uma preocupação por longa  décadas: ter um pastor integral ou um obreiro de tempo parcial?
         A maioria logo se manifesta pelo tempo integral, sem avaliar o que seja um pastor de tempo integral ou parcial.
         Será que integralidade significa estar “MORANDO” na igreja? Ou ter uma gestão (?) em que as coisas andem, funcionem?
         Muitos preferem o pastor integral para se acomodarem na sua parcialidade. Sim, os que preferem pastor integral, deveriam comprometer-se em ser membros integrais (note: membros, pois crentes integrais independe de opção).
         Muitos querem pastor integral que dê estudos que os isentem de pesquisas e reflexões.
         Optam pelo integral que elabore sermões que saiam prontos, afinal querem se alimentar tão somente do que vem do púlpito.
         Escolhem o obreiro integral, pois as visitas não podem deixar de serem feitas... mas quem deve visitar os órfãos, viúvas, doentes, afastados? É só o pastor ou isso cabe a outros representantes e a cada membro de per si?
         O que mede o tempo do pastoreio integral? Por acaso o tempo que  fica de joelhos orando no seu quarto pela igreja, pelo ministérios, pelos desafios que lhe chegam, pelos pedidos que lhe são confiados... tudo isso não conta? E o tempo em que fica debruçado em pesquisa é para tão somente seu crescimento particular?
         Os estudos que são apresentados numa noite... as sessões que são dirigidas em dias específicos... o atendimento pastoral em gabinete na semana... os cultos dominicais que exigem uma hora de mensagem cada... o estudo de doutrina só numa quarta-feira... visitas a hospitais, realização de culto fúnebre... como medir tudo isso?
         Pastor sempre será de tempo integral, ainda que se convencione que sua dedicação não será exclusiva. Agora, o membro poderá ser parcial ou sua dedicação não exclusiva?

         Só um ensaio. Só um questionamento!

          Carlos Alberto 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A ausência do Estado




         Entenda-se Estado na sua forma genérica, envolvendo as esferas municipais, estaduais e federal. Estas esferas representadas pelo Poder Público é que se ausentam, quando deveriam intervir, criando uma situação patética por sua omissão.

         Essa omissão do Poder Público faz surgir um ESTADO PARALELO, ora representado pelas organizações criminosas, ora disfarçada do próprio poder constituído.
O que causa surpresa é como as pessoas acabam por acreditar que verdadeiramente necessitam do Estado Paralelo ou até mesmo como usufruem de suas “benesses”, perdendo o referencial do certo e do errado.
Só para exemplificar alguns casos:

·        A prefeitura (o Executivo) usa o dinheiro público para fazer obras e gerir o município... Então por que vereadores posam como se o dinheiro saísse de seus bolsos?
·        O Estado é responsável pela segurança pública. Então por que o tráfico manda fechar o comércio quando morre um traficante? Por que nas comunidades existem crianças e jovens portando armamento pesado?
·        A União é responsável pela segurança nas fronteiras. Então por que tantas armas entram pelos estados que fazem divisa com o Brasil? Por que tantas armas privativas das forças armadas estão a serviço da criminalidade?

     Em sede local, onde está a ação dos nossos eleitos? Quais projetos colocaram em pauta para votação? Quais as reivindicações populares que abraçaram e levaram a cabo? Só sair na foto é fácil, queremos ver fazer o que deve ser feito e não jogar para um público desinformado que agradece até pela obrigação descumprida.

     Mas sempre haverá alguém que tirará proveito da ausência do Estado ou do paternalismo interessado: pessoas com renda usufruem de bolsa família; pessoas incapazes exercem cargo e função pública por indicação, mamando nas tetas do governo em detrimento de concursados ou pela própria ausência do concurso público;  Uso de dinheiro público, aplicado em interesses individuais, enquanto o interesse público fica em segundo plano.

     Queremos um estado que cumpra a sua parte; queremos servidores que sirvam ao público, queremos representantes que representem os interesses públicos. Queremos um Estado presente.

Carlos Alberto Betinho
02/08/2013