Entra ano sai ano e as coisas não mudam: malversação do
dinheiro público e ação indicando comprometimento do interesse público.
O que mais tem chamado a tenção nos últimos dias é o
floreamento que os políticos fazem para ficarem bem com a opinião pública:
anúncio de calçamento de ruas, colocação de placas indicativas de logradouro,
recolhimento de lixo, colocação de lâmpada em pôsteres públicos, regularização
de invasão, etc, etc.
As últimas ações do
Legislativo do Rio provocou revolta na população e uma onde de manifestação por
conta de formação de comissão para verificar denúncias atingido a área de
transporte naquele município. Elegeu-se vereadores para cumprir sua missão
institucional, todavia, vê-se o interesse privado sendo perseguido.
Em solos caxienses não é diferente. Executivo e Legislativo
novos, mas a velha política do paternalismo, com emprego de parentes e amigos e
contratação de obras e serviços públicos que ferem à legislação própria.
Em todos os sites ou publicação eletrônica dos vereadores
duquecaxienses confirma-se o anúncio de ação objetivando impressionar os
eleitores, sendo que as ações esperadas, aquelas que cabem à vereança, não são
feitas, por isso não anunciadas.
Hoje corre notícia de que a Prefeitura de Duque de Caxias
paga por aluguel o mesmo preço de carro
zero. O contrato de 65 viaturas foi fechado por 2,1 milhões, o que dá um pouco
mais de R$ 37.500,00 por veículo, ou seja, um carro zero!
Onde estão os vereadores que não fiscalizam o Executivo? É
bom lembrar que a mesma Câmara municipal também passou outrora por escândalo
muito semelhante, até hoje não explicado.
Mas nem tudo é lamentação quando se fala dos poderes públicos
caxiense. Uma vereadora teve o projeto de criação de ciclovias nos bairros de Caxias
aprovado. Isso sim é atividade legiferante e não simplesmente o "jogar
para a platéia". E ainda tem um agravante: tudo que é indicado ou
anunciado com letras garrafais como sendo iniciativa dos vereadores é bancado
com o nosso dinheiro, entretanto, quando anunciam, parece até que houve algum
centavo despendido do bolso das "autoridades". É dinheiro público
usado a favor da coletividade. Contribuímos com carga tributária pesadíssima
para termos os retornos necessários.
Assim sendo, quando algum político anunciar uma obra,
gabar-se pela prestação de um serviço público ou até mesmo agradecer fulano
ou cicrano por isso ou aquilo, saiba que
não faz mais do que obrigação, pois foram eleitos para fazerem isso e muito
mais (o que não fazem).
Dar festa com o dinheiro alheio ou se aproveitar do mesmo é
no mínimo uma pouca vergonha.
Sem nomes, sem indiretas. Que sirva a carapuça.