sábado, 9 de abril de 2016

CBB - Convenção Batista Brasileira – Decisão política ou jurídica?


         



Falar em decisão politica hoje em dia parece desqualificar qualquer postura de pessoas ou órgão, entretanto já está sedimentada entre nós a frase “decisão politicamente correta”.




         Por outro lado, quando se cogita de uma decisão jurídica, tem-se a mesma como isenta de pessoalidade e interesses meramente individuais, o que daria força a tal posicionamento, haja vista que é parecer técnico e advindo da adequação do fato às normas estabelecidas.
         Qualquer decisão mexe com aquele que tem de decidir, daí o medo de decidir errado, o que leva pessoas e órgãos a procrastinarem suas posições a respeito daquilo que lhes compete posicionar.
         A comunidade batista aguardou ansiosamente pela decisão da CBB. Esta por sua vez não poderia se esquivar de dar a resposta a tempo e a modo, mas sem se afastar das questões políticas e jurídicas.
         Daí ter seguido toda a via crucis exigida, ouvindo a parte envolvida, qual seja, a Igreja Batista de Pinheiros, que tomou a decisão de receber no seu quadro de membresia pessoas com práticas homoafetivas, sem nenhuma discriminação aos direitos dos heterossexuais, independente se aqueles largaram ou não suas práticas homossexuais.
         A questão jurídica foi bem trabalhada, pois a Convenção deixou bem clara que não é homofóbica, que respeita a autonomia das igrejas e que condena qualquer manifestação discriminatória sob o tema levantado até o momento e que as mesmas não foram feitas em seu nome, sendo cada autor exclusivamente responsável pelas publicações.
         Assim fazendo, livrou-se de qualquer possiblidade de questionamento em várias esferas, inclusive judicial, haja vista que “todos são iguais diante a lei”, princípio constitucional que faz coro com a declaração bíblica que “Deus não faz acepção de pessoas”. Se Ele não faz, não teria sentido seus seguidores fazerem.
         Politicamente, a Convenção Brasileira fez o que deveria ser feito: invocou a Bíblia, os documentos batistas, declarou que a igreja maceioense “desconsiderou o espírito cooperativo participante entre as igrejas batistas e expôs a denominação diante de uma situação desconfortável perante a mídia" e ainda "feriu frontalmente a integridade da Palavra de Deus, que é nossa única regra de fé e prática".
         Talvez a comunidade batista esperasse uma conclusão que não deixasse sombra de dúvidas quanto à atual situação da co-irmã de Pinheiros frente à Convenção. Mas sua ação politicamente correta afasta acusações sexistas.
         Qual foi a decisão? Pra quem sabe lê, um pingo é letra... pode ser apenas um cisco. O que se faz com o cisco? Ou se retira do corpo ou deixa e o próprio corpo aciona os mecanismos para ser retirado.
         Toda decisão possui seu grau de dificuldade. O que satisfaz os anseios momentâneos pode trazer consequência nefasta no futuro. Não basta a decisão ser jurídica ou política ou a combinação de ambas. A decisão precisa, sobretudo, ser conforme os princípios divinos.

A Declaração da Diretoria da Convenção Batista Brasileira sobre a aceitação de pessoas homo afetivas no rol de membros da Igreja Batista do Pinheiro, Maceió, AL foi um preâmbulo. Certamente haverá cenas dos próximos capítulos.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

MUHAMMUD – Primeira pastora batista ex-muçulmana


O Islamismo é a religião que mais cresce no mundo, havendo uma projeção de quase igualar o número de cristãos em 2050, sendo que hoje há cerca de 1,6 bilhão de muçulmanos em todo o planeta, enquanto os cristãos somam 2,17 bilhões de seguidores.

Mas o evangelho chega também aos muçulmanos, como aconteceu com Lúcia Muhammud El Qat Branco, que foi mulçumana desde q nasceu e foi criada no islã. Converteu-se ao cristianismo e foi perseguida e deserdada aqui mesmo no Brasil.

Casada com Alex de Noronha Branco, mãe de Danielle Muhammud Branco, Alex Muhammud Branco, Caio Muhammud Branco, foi evangelizada através da ousadia de um jovem Batista que lhe apresentou o evangelho. Lúcia disse sim para Jesus e também para o jovem que hoje é seu esposo.

Lúcia é presidente da UFMBC, membro da PIB Jardim Primavera, sendo pastoreada pelo Pr. Ricardo da Conceição Azevedo. Seu maior desafio é ser pastora Batista ordenada pela OPBB, Subseção Caxiense, que, aliás, a ordenou na gestão do Pr. Arthur José Almeida.

Serva do Deus Altíssimo, nunca o negou mesmo em meio a perseguição e perdendo toda herança familiar. Afirma que Deus a sustentou até aqui e dá glória por isso. Com prazer e emoção diz que hoje toda sua família é convertidos ao Senhor Jesus para Glória d`Ele.

Lúcia MUHAMMUD - seu chamado ao ministério pastoral é um marco para os Batista Brasileiros por dois motivos: uma mulher ser reconhecida como pessoa capaz de ouvir, atender e executar a ordem de Deus e assumir o ministério da palavra nas mesmas condições que os homens também chamados por Deus.

O segundo motivo é o fato de ter sido uma ex muçulmana, deixando claro que o evangelho não faz distinção de pessoas, credos, origem e pode transformar o coração, a mente que se rendem à força do grande amor de Cristo que morreu para salvar a todos os que lhe aceitam como único e suficiente salvador de suas almas.

Tal qual outras pastoras que fazem serviço profícuo para o Reino de Deus, o desejo é que Lúcia some à nova safra e dê bons frutos, alcançando, inclusive, outras pessoas que hoje pensam como ela pensou, e que possuem necessidade de uma renovação completa de mente, alma e espírito.


Carlos Alberto Betinho