“Toda casa dividida contra si mesma não subsistirá”! A frase
é milenar, mas nunca teve aplicação tão atual. Neste momento em que há uma
política orquestrada contra o servidor público faz-se necessária a
conscientização do que representa o sindicato, seus deveres e obrigações.
Que o sindicato é a representação da categoria para defesa e
coordenação dos interesses econômicos e/ou profissionais de indivíduos que
exercem a mesma atividade ou atividades similares ou conexas todos sabem.
Que
o sindicato tem o dever de proteger seus representados e tem o direito de os
representar diante das autoridades administrativas e judiciais, também é fato
notório.
Por assim ser, melhor falar o que o sindicato não é. Vejamos:
1.
O sindicato não é clube exclusivo de
parte da categoria;
2.
O sindicato não possui dono e não
defende bandeira política;
3.
O sindicato não pode ser usado para
interesses individuais;
4.
O sindicato não toma suas decisões
exclusivamente por quem está na gestão;
5.
O sindicato não é uma caixa fechada em que
os associados não possuem conhecimento das ações do representante, de sua
gestão e da administração do patrimônio criado para os fins propostos;
Na
verdade, muitos sindicatos acabam perdendo sua finalidade, mas cada categoria
tem o sindicato que merece. Neste momento precisamos fortalecer cada vez mais
nossa representação sindical.
Para
um sindicato representativo precisamos:
1.
Que todos participem direta ou
indiretamente com o mesmo objetivo;
2.
Que se intensifique a campanha de
filiação e refiliação;
3.
Que as opiniões sejam respeitadas e que
vozes seja permitidas.
A diretoria do sindicato tem que estar antenada com os anseios da
categria, mas os associados participam atendendo as convocações para
assembleias, fazendo-se presentes nas manifestações ou prestando sugestões
através dos canais próprios.
A
filiação é a forma de o associado vitaminar e enrobustecer a
representatividade. Muitas ações contra os ataques governamentais só poderão
ser combatidas coletivamente.
Em
contrapartida, a desfiliação enfraquece o sindicato e retira parcialmente o poder combativo contra as
ameaças. A desfiliação é um contrassenso, pois a forma de mostrar indignação
com determinada gestão é apresentar propostas novas e convencer os demais
associados a aderi-la.
A
desfiliação retira da coletividade o poder crítico por permitir que somente uma
ideia prevaleça. O desfiliado ainda abre mão de mudanças por se excluir do
processo eleitoral, tanto na condição de candidato como o de eleitor. Diferente
do que pregam, a desfiliação é um tiro no pé enquanto persistir a unicidade
sindical.
Por
fim, um sindicato forte possui braços fortes nos estados através de suas
delegacias sindicais que não somente replicam a política da executiva nacional
como colaboram para que propostas sejam encaminhadas para discussão num nível
maior. As Delegacias Sindicais também discutem democraticamente as
particularidades regionais e representam os associados diante das questões
frente à administração local.
Não
é tempo de se ter um sindicato dividido, pois uma casa dividida não pode
subsistir diante de ataques tão ferrenhos contra o servidor público, contra os
direitos dos trabalhadores, contra a auditoria- fiscal do trabalho que nunca se
coadunou com o trabalho indigno, precário e desumano, independente de governo
e/ou ideologia partidária.
Sigamos
em frente. O SINAIT somos nós.