sábado, 15 de agosto de 2020

A necessidade de um sindicato forte

  

         “Toda casa dividida contra si mesma não subsistirá”! A frase é milenar, mas nunca teve aplicação tão atual. Neste momento em que há uma política orquestrada contra o servidor público faz-se necessária a conscientização do que representa o sindicato, seus deveres e obrigações.

       Que o sindicato é a representação da categoria para defesa e coordenação dos interesses econômicos e/ou profissionais de indivíduos que exercem a mesma atividade ou atividades similares ou conexas todos sabem.

Que o sindicato tem o dever de proteger seus representados e tem o direito de os representar diante das autoridades administrativas e judiciais, também é fato notório.

         Por assim ser, melhor falar o que o sindicato não é. Vejamos:

1.     O sindicato não é clube exclusivo de parte da categoria;

2.     O sindicato não possui dono e não defende bandeira política;

3.     O sindicato não pode ser usado para interesses individuais;

4.     O sindicato não toma suas decisões exclusivamente por quem está na gestão;

5.     O sindicato não é uma caixa fechada em que os associados não possuem conhecimento das ações do representante, de sua gestão e da administração do patrimônio criado para os fins propostos;

Na verdade, muitos sindicatos acabam perdendo sua finalidade, mas cada categoria tem o sindicato que merece. Neste momento precisamos fortalecer cada vez mais nossa representação sindical.

Para um sindicato representativo precisamos:

1.     Que todos participem direta ou indiretamente com o mesmo objetivo;

2.     Que se intensifique a campanha de filiação e refiliação;

3.     Que as opiniões sejam respeitadas e que vozes seja permitidas.

A diretoria do sindicato tem que estar antenada com os anseios da categria, mas os associados participam atendendo as convocações para assembleias, fazendo-se presentes nas manifestações ou prestando sugestões através dos canais próprios.

A filiação é a forma de o associado vitaminar e enrobustecer a representatividade. Muitas ações contra os ataques governamentais só poderão ser combatidas coletivamente.

Em contrapartida, a desfiliação enfraquece o sindicato e  retira parcialmente o poder combativo contra as ameaças. A desfiliação é um contrassenso, pois a forma de mostrar indignação com determinada gestão é apresentar propostas novas e convencer os demais associados a aderi-la.

A desfiliação retira da coletividade o poder crítico por permitir que somente uma ideia prevaleça. O desfiliado ainda abre mão de mudanças por se excluir do processo eleitoral, tanto na condição de candidato como o de eleitor. Diferente do que pregam, a desfiliação é um tiro no pé enquanto persistir a unicidade sindical.

Por fim, um sindicato forte possui braços fortes nos estados através de suas delegacias sindicais que não somente replicam a política da executiva nacional como colaboram para que propostas sejam encaminhadas para discussão num nível maior. As Delegacias Sindicais também discutem democraticamente as particularidades regionais e representam os associados diante das questões frente à administração local.

Não é tempo de se ter um sindicato dividido, pois uma casa dividida não pode subsistir diante de ataques tão ferrenhos contra o servidor público, contra os direitos dos trabalhadores, contra a auditoria- fiscal do trabalho que nunca se coadunou com o trabalho indigno, precário e desumano, independente de governo e/ou ideologia partidária.

Sigamos em frente. O SINAIT somos nós.

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