quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

#facebookdeJesusomestre




         Pedro chegou para Jesus e disse: “- Mestre, é verdade que o senhor tem uma página no facebook?”  O mestre, com a serenidade peculiar disse: “- Sim! Tenho facebook, instagram, Watsaap. Entre lá e curta minhas postagens”.
         Ao ouvirem isso, os discípulos logo iniciaram um burburinho. Uns queriam ser adicionados, outros queriam saber como criar suas páginas e João, o apóstolo amado, afirmou: “- Mestre, obrigado por me adicionar”.
         Jesus quis saber: “- o que dizem os homens a respeito das minhas redes sociais? ”.  Responderam:  “ - Uns dizem que internet é coisa do diabo, outros que o senhor participa de grupos em que há fariseus, outros que o senhor é antenado com as novidades do mundo”.
         Jesus perguntou: “- E vocês, o que acham?”.   O impetuoso Pedro tomou a palavra e disse: “- Se todas as coisas foram criadas por Deus, elas são boas. O que as tornam más é o uso indiscriminado e irresponsável”.
         Jesus resolveu andar pelas ruas da Galiléia e toda hora era parado para tirar uma selfie com crianças, mulheres, cristãos e gentios. Vendo isso, os políticos da época ficavam irados por conta da popularidade de Jesus. Diziam entre si que tudo que Jesus postava era seguido, compartilhado e curtido por milhares de pessoas e que as palavras proferidas em suas páginas impressionavam os intelectuais de todos os lugares.
         O vídeo que viralizou em pouco tempo foi quando Jesus expulsou os mercadores do templo. Outras postagens divulgaram a santidade de Jesus como quando ressuscitou Lázaro. Aliás, um cego foi indiciado a prestar depoimento sobre o que Jesus fez por ele e quem era Jesus. Ele abriu a página do Youtube e mostrou pormenorizadamente o que lhe acontecera.
         Jesus não conseguia ficar sozinho, pois quando se deslocava para qualquer lugar, várias pessoas comunicavam às outras através do whatssap, de modo que grande multidão seguia a Jesus. O assédio era tão grande, que não rara às vezes em que o mestre teve de ensinar sentado num barquinho no meio do lago.
         Não era somente os fariseus que criticam a Jesus abertamente, havia aqueles que deixavam mensagens desabonadoras no seu face e outros que o ameaçava pelo whatssap. Dessas, Jesus tinha compaixão e sabia que precisavam ser amadas e curadas suas dores emocionais. Não os excluíam, nem os bloqueavam, mas respondia com palavras de vida que aliviam suas feridas emocionais e curam suas dores existenciais.
         O pensamento de Jesus era mais ou menos assim:
        “Se houvesse um cima aberto e acolhedor nos meios religiosos, depressões seriam tratadas, suicídios seriam prevenidos, conflitos interpessoais seriam resolvidas, a pedofilia seria evitada. Haveria gestão, não implosão da emoção!”.
         Aliás, o grupo de Jesus era aberto, tendo vários seguidores, ainda que doze eram os administradores. O mestre ainda deu uma ordem para que compartilhassem suas mensagens para várias pessoas e que adicionassem todos os que estavam cansados e oprimidos. Tempo depois, Pedro falou de Jesus para uma multidão e quase 3000 pessoas foram adicionadas ao grupo. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum.
         Mesmo após a morte de Jesus, os seguidores de sua página e de seus ensinamentos não cessaram. Eles não só se encontravam virtualmente: Partiam o pão em suas casas e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus por tudo e sendo estimados por todo o povo.
         O fato é que os pequenos grupos formaram verdadeiras comunidades e , assim, a cada dia o Senhor juntava à comunidade as pessoas que iam sendo salvas.
         Se você faz parte dessa comunidade dê um like  e acesse #atos2.42 (Eles perseveravam no ensino dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações).
         Fui!
        
        
        

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Ministro de culto religioso ou Pessoa Jurídica


A pergunta em voga é:

Pode um ministro religioso receber os seus proventos ministeriais da igreja mediante nota fiscal, quer seja como MEI (Microempreendedor Individual) ou EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada)?

Considerando que a legislação prevê que todas as trocas comerciais de produtos e serviços sejam regulamentadas por meio de notas fiscais, a questão que se coloca em baila é se o ministro religioso fornece produtos ou presta serviços.
Quando consulto o CBO 2631-05 - Ministro de culto religioso – verifico a descrição sumária que assim define a ocupação: “Realizam liturgias, celebrações, cultos e ritos; dirigem e administram comunidades; formam pessoas segundo preceitos religiosos das diferentes tradições; orientam pessoas; realizam ação social na comunidade; pesquisam a doutrina religiosa; transmitem ensinamentos religiosos; praticam vida contemplativa e meditativa; preservam a tradição e, para isso, é essencial o exercício contínuo de competências pessoais específicas”.

Pela análise, não há nem prestação de serviço, nem fornecimento de mercadorias, logo não cabe a emissão de NF. Mas qual seria a vantagem da organização em MEI ou EIRELI? Respondo: os efeitos fiscais! Não me parece uma prática salutar o ministro, pessoa física com vida contemplativa e meditativa, transformar-se em empreendedor ou empresa, visto que o fim destas é o LUCRO, o que desfigura por completo o exercício de competências pessoais e específicas, de cunho puramente religioso.

Mas ainda tem uma coisa que é pior do que FUGIR DA TRIBUTAÇÃO usando das brechas da lei e usar a permitida ELISÃO: é a caracterização da provável Pessoa Jurídica, pois dependendo do ramo de atividade que se escolha, poder-se-ia não corresponder a realidade dos fatos e ficar caracterizado o crime contra a ordem tributária, o que poderia colocar em xeque a própria idoneidade do religioso, o que seria muito preocupante em tempos de estelionato espiritual.

Se a elisão corresponde a uma fuga permitida de tributação, mas essa liberdade pode de alguma forma trazer algum constrangimento, talvez valha a pena fazer uma analogia e aplicar I Cor 9.8 que assim reza: “Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos”.

Ministro religioso é uma coisa. Microempreendedor Individual ou Empresa Individual de Responsabilidade Limitada é outra coisa. Uma coisa não se confunde com outra.