sábado, 19 de agosto de 2017

VOU-ME EMBORA PARA PORTUGAL


Vou-me embora Para Portugal
Aqui jaz as palmeiras onde cantavam os sabiás
Lá comerei bolinhos de bacalhau
tomarei o inigualável vinho do Porto


Vou-me embora para Portugal
Chega de propaganda eleitoral
Das notícias do Jornal Nacional
Não quero saber do Temer, do Lula e do Cabral
Cansei das viagens no trânsito infernal


Terei saudades do Corcovado
Da feijoada e do Bar do Luiz
Mas navegarei pelo Tejo
E comerei o verdadeiro pastel de Belém


Se não poderei passear pela Ilha de Paquetá
Contentar-me-ei com as ilhas dos Açores
Quem sabe por lá não encontro amores
Por cá só bala perdida e notícias não boas


Vou-me embora para Portugal
Não consigo mais ir ao Maracanã
Muito menos andar com a camisa do meu time
Nem circular sossegado pelas ruas da Lapa
Impossível pedalar tranquilo pelo calçadão


Vou-me embora para Portugal
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma doçura
Aqui a vida é curta e o dia a dia uma grande loucura.
Por essa, outras e muito mais, estressei
Vou-me embora para Portugal
(Carlos Alberto Betinho)

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