sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mea Culpa

Mea culpa

A Auditoria do trabalho é antes de tudo uma questão de solidariedade.
Se a educação começa em casa, a solidariedade completa-se com a consideração pelo colega de trabalho.

Como demonstrar preocupação pelo Fundo de Garantia, se não nos preocupamos se o colega chegou ao fundo de suas emoções?

Como nos convencer da necessidade da verificação física, da entrevista, do registro, se não coubemos no mesmo espaço, se não falamos uns com os outros, se somos indiferentes e não registramos nenhuma afeição?

Como dizer que a segurança e saúde do trabalhador devem estar em primeiro plano se minhas ações e omissões causam desconforto físico e mental?

Como posso me sensibilizar quando verifico excesso de jornada que priva o trabalhador do convívio social se sou o causador do mau humor do meu colega e que acaba contaminando os seus relacionamentos, inclusive no lar?

Como posso sentir a dor de um trabalhador que nunca vi e ao mesmo tempo ser responsável pelos dissabores vividos pelo colega?

Como posso exigir do empregador que pague o valor justo pela contraprestação dos serviços se não dissemino a justiça aos meus pares?

Como posso me indignar com trabalho escravo, degradante, insalubre, perigoso, se minhas ações são penosas e minhas omissões perigosas?

Como posso exigir que haja pacificação nas relações laborais se sou o primeiro que não reconheço a necessidade de um ambiente harmonioso e equilibrado?

Como posso querer humanizar a relação capital x trabalho se não consigo repensar a relação entre mim e o meu colega, de forma que eu seja mais humano e menos humanoide?

Auditoria do Trabalho e antes de tudo uma questão de relacionamento e a boa convivência depende de nós!

Sejamos solidários! 

Carlos A. Oliveira

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