sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O que faz um político?


Muitas pessoas comparecem às urnas de tempo em tempo, mas não sabem o que faz um político. Essa situação fica mais evidente quando na época das eleiçõe os eleitores começam a pedir caminhão de barro, cestas básicas, emprego e uma infinidade de coisas que não tem nada com o exercício da vereança.

Os próprios políticos ou candidatos a cargos eletivos acabam por condicionar os eleitores sobre o papel errado do político, quer seja vereador ou outro cargo. Assim é que muitos promovem festas, distribuem brinquedos, prometem e distribuem cargos, paga consultas, distribuem remédios, dá um jeitinho aqui, outro ali, quando na verdade, ajem como se fossem do Poder Executivo, esquecendo que são membros ou pretendentes do Poder Legislativo, cuja função é votar leis, propor projetos de lei, examinar as contas do prefeito, dentre outros.

Até há os que agem na forma acima como forma de distribuirem parcela de suas rendas ou até mesmo agem com a intenção de satisfazer a necessidade de sua comunidade, mas que fique bem claro que a boa intenção não exime que aja conforme exige o cargo a que foi eleito.

Todavia, na grande maioria das vezes, a intenção e ações dos candidatos ou políticos é tão somente conquistar seus eleitores para se elegerem ou permanecerem no cargo. A função legisferante mesmo é colocada de lado, pois para o eleitor, muitas vezes, político bom é o que paga uma rodada de cerveja ou oferece um churrasco boca livre.

Cada povo tem o governo que merece. Aliás, a inércia e desisnteresse dos cidadãos pela política enquanto ciência, cria a figura do Salvador da Pátria, aquele político que não faz nada pela sociedade no parlamento, mas promove eventos sociais para garantir votos que o reeleja. Ou ainda aquele candidato ao cargo público que doa camisas de time, doa um saco de cimento para provar que fará muito mais.

Enquanto não houver uma conscientização da necessidade de votar e não anular o voto, de escolher pessoas comprometidas com o bem social, de se ter representantes com o mínimo de conhecimento de cidadania, pessoas que não se deixarão vender por propostas indecentes, políticos que não somente formem seu pé de meia e arrumem seu colchão, materemos o quadro que está aí: políticos que fazem politicagem e que só dão as caras quando próximo o período eleitoral.

Insisto: Há uma carência de pessoas competentes, pessoas que ajam em prol da coletividade e que tenham compromisso com a necessidade do próximo enquanto ser coletivo e que precisa ser representado em todas as esferas dos poderes. Enquanto aceitarmos que o Espinheiro reine sobre as árvores, só espinhos serão oferecidos. Por isso as Oliveiras, as Figueiras e as Videira precisam ser convocadas para assumir o papel de representantes, colocando o Espinheiro que tanto machucou e não ofereceu sequer sombra para descanso de seus representados na posição que lhe cabe: distante da governança das plantas e dos homens de boa vontade!


Carlos Alberto Betinho

Um comentário:

  1. É a pura verdade.
    Precisamos ser mais atentos ao escolher em quem votar.
    Andrea

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