Entretanto,
direta ou indiretamente não é isso que vemos no dia a dia. As igrejas viraram redutos
dos representantes do Estado, havendo as que lançam candidatos próprios e
obrigam seus fiéis a votarem nos indicados pela cúpula eclesiástica.
A
palavra promiscuidade é geralmente usada em assuntos sexuais, entretanto ela
possui também o significado de mistura confusa e desordenada. Daí
podermos falar que existe um promiscuidade entre igreja e Estado.
A
JMJ – Jornada Mundial da Juventude – movimentou a União, o Estado e o Município
do Rio e teve a participação do Papa, autoridade máxima da Igreja Católica, que
também é chefe de Estado, tendo por isso direito às honras que cabem a seus
pares, tal como recepção de sua delegação e proteção em território brasileiro.
Tudo isso trouxe custo ao Estado brasileiro.
Mas
a promiscuidade se verifica nas pequenas coisas. Os constantes pedidos de ônibus,
doações para eventos, tráfego de influência para resolver questões de membros e
a própria instituição são prova desta estranha relação.
Ninguém
pode pensar que esse texto é dirigido, pois essa prática acontece em vários
redutos políticos, dentro e fora de nosso município. É uma triste realidade
verificada nos rincões brasileiros.
Até
mesmo parcela de cabides de empregos é destinada a colaboradores da campanha ou
a parentes de líderes das igrejas que apoiaram o candidato. Essa prática inibe
a realização de concurso público ou impede que candidatos aprovados sejam
convocados. Isso é ético? É legal? É pecado?
O
fato é que o Estado vive uma falsa laicidade. Não basta criticar o estado por
suas mazelas e contribuir direta ou indiretamente para que esse estado de coisa
permaneça.
Carlos Alberto
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