Hoje comemoramos mais um 1º de maio, Dia do Trabalhador,
data celebrada em diversos lugares do mundo.
Tudo começou em 1886, quando trabalhadores de Chicago,
nos Estados Unidos, fizeram uma manifestação nas ruas da cidade querendo
reivindicar a redução da carga horária de trabalho, de 13h para 8h diárias.
Neste mesmo dia, os trabalhadores americanos fizeram uma greve geral no país.
Estes protestos ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket. Nos dias 3 e 4
de maio, manifestantes e policiais entraram em conflitos, o que resultou na
morte de alguns envolvidos e em dezenas de pessoas feridas.
Para
homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou
o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.
Quanto
tempo se passou e como ainda há coisas para se mudar.
No
exercício de minha função, nesta semana encontrei trabalhadores de uma grande
empresa com sede em outro estado laborando 16 horas por dia. O empregado
cumpriu seu turno e depois emendou outro, vez que a obra contratada estava com
atraso no cronograma.
Mas
não ficou só nisso, na mesma empresa não era concedido intervalo para descanso
e alimentação, nem era considerado o intervalo que deve haver entre duas
jornadas.
Em
diversas empresas fiscalizadas em Armação de Búzios encontrei empregados sem
registro, empregado estrangeiro laborando sem situação regularizada no país e
diversas situações em desrespeito à norma trabalhista.
Não
são raros os casos de trabalhadores que comparecem ao Ministério do Trabalho e
Emprego reclamando que foram dispensados sem receber as verbas rescisórias e
que tiveram suas carteiras de trabalho retidas.
Agora
nos chega os casos dos chineses que são aliciados no seu país de origem e são
obrigados a trabalharem em situação deplorável no Brasil, engrossando as fileiras
dos casos já conhecidos nas confecções das grandes grifes que exploram
trabalhadores, mantendo-os em ambientes totalmente inóspitos.
Hoje
se discute a possibilidade de terceirização em todas as áreas da empresa, sendo
que há pouco tempo foi feito estudo informando que a terceirização era a grande
responsável pelos acidentes de trabalho, por conta da falta de especialização e
treinamento na área de segurança e saúde do trabalhador.
Enfim,
o que comemoramos no dia 1º de maio? Se a luta começou para redução da jornada
de 13 para 8, como entender que grande parte dos trabalhadores são submetidos à
jornada aviltante, condições insalubres e perigosas, exploração como se
escravos fossem e ainda a contraprestação pelo trabalho, o salário, ainda é
insuficiente para honrar com suas necessidades básicas?
Precisamos
ter um 1º de maio em que se celebre a vida, a paz e as condições ideias para o
trabalho, afinal, onde há trabalho não pode haver escravidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Dê sua opinião