segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Denúncia de uma tragédia anunciada



            Há um aterro ocorrendo numa área de aproximadamente 207.370 m², quase 22 campos de futebol às margens da Rodovia Washington Luiz, nos Lotes  do terreno 312 e 314 da 4º Gleba do Núcleo Colonial São Bento, situado no 2º Distrito do Município de Duque de Caxias.
            Para melhor localização, a construção encontra-se próximo ao Viaduto da REDUC, no final da Rua da Igreja Batista Betel do Pilar com encontro do acesso para Washington Luiz.
            Depois de ouvir várias possíveis destinação da área, descobri que o terreno está sendo preparado para a construção de 02 (dois) galpões para armazenagem de mercadoria para a empresa BRASRIO TERMINAL DE TRANSPORTE SPE LTDA.
            O grande problema é que o terreno aterrado está muito acima das casas, de forma que elas estão ficando num verdadeiro buraco, parecendo que se encontram num vale, pronto a ser inundado.
            Antes mesmo de iniciar-se qualquer construção dos galpões, os problemas são visíveis. Encontrei um morador que afirmou que, quando chove, as águas da Rodovia escorrem todas para a Rua da igreja, alagando não somente as ruas do entorno como também as casas.
            Vale ressaltar que anteriormente, a água escoava pelo terreno em comento, não trazendo grandes dissabores aos moradores.
            A situação  vai ficar bem pior no decorrer do avanço do aterro dos terrenos, pois como percebi e fotografei, há uma área enorme que está sendo preparada para receber aterro.
            Mas isso não é tudo. Parece que não foi feito nenhum estudo do impacto ambiental da obra e muito menos providenciada qualquer medida mitigadora do provável impacto. Na área há animais silvestres (conforme placas da própria PF) que, não tendo para onde fugir, vão para a rodovia, morrendo atropelados ou invadem as casas vizinhas ao aterro.
            Constantemente o bairro do Pilar, Posto Bravo são prejudicados por conta das chuvas moderadas. Entretanto, com o aterro sem nenhuma obra de infraestrura, a tendência é o agravamento da situação já caótica, podendo não somente comprometer o patrimônio privado, como também vidas humanas.
            Causa-me espécie a omissão do Poder Público, a inércia da Sociedade Organizada e até mesmo da população diretamente afetada. Agora é tempo de denunciar essa obra, pedir a intervenção dos órgãos públicos responsáveis e acionar quem autorizou e os responsáveis técnicos por quaisquer eventos prejudiciais que o cidadão venha a sofrer.
            Cabe também acionar administrativamente a empresa e seu corpo de técnicos para explicar se procede ou não o temor desta tragédia anunciada e quais os procedimentos tomados para que o pior não aconteça.
            Como sociedade querendo se organizar, deveria este alerta ser compartilhado com o maior número de pessoas a fim de que chegue ao conhecimento do Ministério Público, das autoridades envolvidas e da empresa executora do aterro.
            Qualquer informação complementar deveria também ser replicada para se conhecer a questão com maior propriedade.

Carlos Alberto de Oliveira - Betinho



















            

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