terça-feira, 10 de abril de 2012

Político – sal e luz




 Vivemos uma época em que a política alcançou um nível de descrença jamais visto. O povo está desiludido, sentido-se esquecido e abandonado e sem perspectiva.
  A culpa é genérica, envolvendo os políticos que não deram a atenção ao povo e do povo que não soube escolher bem seus representantes.
  Há uma figura que retrata bem o político ideal e que daria uma nova esperança na relação representante e representado: a figura do sal e luz.
  É bem verdade que essa metáfora já foi usada anteriormente em outro contexto, mas tem-se a clara aplicação no campo em que refletimos e cabimento perfeito para os dias atuais.
  O sal não é só um tempero, mas também um conservante.
  Enquanto tempero, o sal faz a diferença onde é colocado, pois ele dá um toque a mais no sabor, sendo agradável quando usado na medida certa.
  Usado como conservante, ele preserva o alimento, detém a decomposição, age como antisséptico, de modo que os germes latentes possam ser neutralizados ao contato com ele.
  É isso que precisamos ver nos políticos: Alguém que faça a diferença, temperando o ambiente e dando um sabor agradável no desempenho de suas funções.
 Mais ainda: o político comprometido é aquele que preserva a instituição, não concorda com a decomposição moral, servindo de neutralizador de ações daninhas ao erário público.
  O sal quando não presta deve ser jogado fora. O político que já atua ou que queira atuar também deve passar pelo crivo da serventia. Daí a necessidade de se acompanhar quem exerce cargo público eletivo ou não e também ver a vida pregressa, as ações e as propostas dos que se oferecem para ser representante do povo.
  E se a luz não brilhar? De que adianta um político que não brilha, que não faz a diferença, que se esconde debaixo da lata de lixo, ou seja, que se omite, que deixa de ser útil, que não cumpre a função pela qual lhe foi destinada?
  A luz tem de estar em posição estratégica, só assim ela pode dissipar as trevas, manifestar-se através de atos reais de serviço. Assim deve ser o bom político: influenciar através de sua luz, levando esperança a todos que almejam uma luz no fim do túnel.
  Se queremos novos padrões morais que sejam purificadores e que iluminem o serviço público nas mais diversas esferas, temos de arregaçar as mangas, tomar atitude de cidadão e no tempo presente escolher representantes do legislativo e do executivo que  que ajam como sal, como luz.
  Caso não queira ou não possa ser diferente, salgar e iluminar, o político não serve para governar, não serve para representar... não serve para ser político... não serve para servir!

Carlos Alberto de Oliveira

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