Vivemos uma época em que a política
alcançou um nível de descrença jamais visto. O povo está desiludido, sentido-se esquecido e abandonado e sem perspectiva.
A culpa é genérica, envolvendo os políticos
que não deram a atenção ao povo e do povo que não soube escolher bem seus
representantes.
Há uma figura que retrata bem o político
ideal e que daria uma nova esperança na relação representante e representado: a
figura do sal e luz.
É bem verdade que essa metáfora já foi
usada anteriormente em outro contexto, mas tem-se a clara aplicação no campo em
que refletimos e cabimento perfeito para os dias atuais.
O sal não é só um tempero, mas também um
conservante.
Enquanto tempero, o sal faz a diferença
onde é colocado, pois ele dá um toque a mais no sabor, sendo agradável quando
usado na medida certa.
Usado como conservante, ele preserva o
alimento, detém a decomposição, age como antisséptico, de modo que os germes
latentes possam ser neutralizados ao contato com ele.
É isso que precisamos ver nos políticos:
Alguém que faça a diferença, temperando o ambiente e dando um sabor agradável
no desempenho de suas funções.
Mais ainda: o político comprometido é
aquele que preserva a instituição, não concorda com a decomposição moral,
servindo de neutralizador de ações daninhas ao erário público.
O sal quando não presta deve ser jogado
fora. O político que já atua ou que queira atuar também deve passar pelo crivo
da serventia. Daí a necessidade de se acompanhar quem exerce cargo público
eletivo ou não e também ver a vida pregressa, as ações e as propostas dos que
se oferecem para ser representante do povo.
E se a luz não brilhar? De que adianta
um político que não brilha, que não faz a diferença, que se esconde debaixo da
lata de lixo, ou seja, que se omite, que deixa de ser útil, que não cumpre a
função pela qual lhe foi destinada?
A luz tem de estar em posição estratégica,
só assim ela pode dissipar as trevas, manifestar-se através de atos reais de
serviço. Assim deve ser o bom político: influenciar através de sua luz, levando
esperança a todos que almejam uma luz no fim do túnel.
Se queremos novos padrões morais que
sejam purificadores e que iluminem o serviço público nas mais diversas esferas,
temos de arregaçar as mangas, tomar atitude de cidadão e no tempo presente escolher
representantes do legislativo e do executivo que que ajam como
sal, como luz.
Caso não queira ou não possa ser diferente, salgar e iluminar, o político não serve para governar, não serve para representar... não serve para ser político... não serve para servir!
Carlos Alberto de Oliveira
Ótimo texto. Renovação já! Bruno Guerra
ResponderExcluir