domingo, 4 de março de 2012

O cristão e a política



           
            Que nós temos esperanças em uma nova terra e um novo céu é fato, mas enquanto estivermos aqui temos de garantir nossa saudável permanência neste mundo. Por isso nos alimentamos, estudamos, trabalhamos, constituímos famílias, servimos a pátria e praticamos os demais atos como bons cidadãos que somos.
            Um dos direitos que temos enquanto cidadãos é votar e ser votado; escolher nossos representantes e ser escolhido como representantes do povo.
Há uma grande discussão a respeito de o cristão envolver-se ou não com a política, havendo os extremistas que afirmam que não, por se a política coisa do Diabo, o que explicaria haver tanta corrupção, tantas falcatruas, jogos de interesses e disputa de poder na esfera política. Mas não podemos generalizar e é necessário separar o joio do trigo.
            Quando Paulo escreveu aos Filipenses, a cidade grega de Filipos estava sob o domínio dos romanos e o apóstolo orientou que tantos os romanos e filipenses cristãos deveriam comportar-se como cidadãos dos céus. De igual forma, é necessário ao cristão moderno saber que temos de honrar nossos compromissos, inclusive o político, sem perder de vista o alvo – Cristo.
            A visão que não podemos perder é que “Política é arte de governar bem”. Se acontece na política algo que não aprovamos enquanto servos de Deus é porque Satanás está imperando e dominando, todavia enquanto homens e mulheres de Deus, precisamos fazer a diferença deixando de ser omissos, deixando de não salgar, deixando de não temperar, deixando de não  levar a luz onde reina as trevas.
            Não é só na Política, mas os homens de Deus precisam estar em todas as camadas da sociedade para fazer a diferença, quer seja nas polícias militares e civis, nos diversos níveis do executivo, judiciário e legislativo, nas pequenas, médias e grandes empresas, enfim, em todos os lugares impedindo Satanás de agir e deturpar os bons costumes, pois não podemos esquecer que ele veio para roubar, matar e destruir nossas instituições, dentre elas a família e demais entidades organizadas.
            Não podemos nos conformar com este mundo. Não podemos nos conformar com a injustiça, com a violência, como mau gerenciamento da coisa pública, com o sucateamento das instituições e nada fazer. 
            Temos sim de anunciar o evangelho a toda criatura porque além de exemplo, foi ordem de Jesus – somos cidadãos do céu. Mas ele também deixou o exemplo que temos de pagar impostos, ou seja, cumprir as obrigações com o governo deste mundo. A relação com o Estado é de direitos e obrigações e um dos direitos é participar da vida política.
            Fazer a diferença na política é uma forma de demonstrar amor ao próximo que se encontra tão descrente que suas necessidades serão conhecidas e atendidas por alguém que esteja no Poder e que tenha compaixão dele e reconheça seus direitos e respeite sua condição de cidadão.
            O cristão deve ser político, viver a política, escolher bem seus representantes e estar no lugar onde possa mudar o quadro atual de descaso e miséria. Precisamos de uma bancada evangélica comprometida, que não se contamine com os manjares do rei, que resista às tentações e que seja impulsionadora de justiça.
            duas armas poderosas para fazer acontecer mudanças: a oração e o voto consciente.
            Que Deus nos abençoe! Que o Espírito Santo nos esclareça.

Carlos Alberto Betinho

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