Que
nós temos esperanças em uma nova terra e um novo céu é fato, mas enquanto
estivermos aqui temos de garantir nossa
saudável permanência neste mundo. Por isso nos alimentamos, estudamos,
trabalhamos, constituímos famílias, servimos a pátria e praticamos os demais
atos como bons cidadãos que somos.
Um
dos direitos que temos enquanto cidadãos é votar
e ser votado; escolher nossos representantes e ser escolhido como
representantes do povo.
Há uma grande
discussão a respeito de o cristão envolver-se ou não com a política, havendo os
extremistas que afirmam que não, por se a
política coisa do Diabo, o que explicaria haver tanta corrupção, tantas
falcatruas, jogos de interesses e disputa de poder na esfera política. Mas não
podemos generalizar e é necessário separar o joio do trigo.
Quando
Paulo escreveu aos Filipenses, a cidade grega de Filipos estava sob o domínio
dos romanos e o apóstolo orientou que tantos os romanos e filipenses cristãos
deveriam comportar-se como cidadãos dos
céus. De igual forma, é necessário ao cristão moderno saber que temos de
honrar nossos compromissos, inclusive o político, sem perder de vista o alvo –
Cristo.
A
visão que não podemos perder é que “Política
é arte de governar bem”. Se acontece na política algo que não aprovamos
enquanto servos de Deus é porque Satanás está imperando e dominando, todavia
enquanto homens e mulheres de Deus, precisamos fazer a diferença deixando de
ser omissos, deixando de não salgar, deixando de não temperar, deixando de não levar a luz onde reina as trevas.
Não
é só na Política, mas os homens de Deus
precisam estar em todas as camadas da sociedade para fazer a diferença,
quer seja nas polícias militares e civis, nos diversos níveis do executivo, judiciário
e legislativo, nas pequenas, médias e grandes empresas, enfim, em todos os
lugares impedindo Satanás de agir e deturpar os bons costumes, pois não podemos
esquecer que ele veio para roubar, matar e destruir nossas instituições, dentre
elas a família e demais entidades organizadas.
Não
podemos nos conformar com este mundo. Não podemos nos conformar com a
injustiça, com a violência, como mau gerenciamento da coisa pública, com o
sucateamento das instituições e nada fazer.
Temos
sim de anunciar o evangelho a toda
criatura porque além de exemplo, foi ordem de Jesus – somos cidadãos do céu.
Mas ele também deixou o exemplo que temos de pagar impostos, ou seja, cumprir as
obrigações com o governo deste mundo. A relação com o Estado é de direitos e
obrigações e um dos direitos é participar da vida política.
Fazer
a diferença na política é uma forma de demonstrar amor ao próximo que se encontra tão descrente que suas necessidades
serão conhecidas e atendidas por alguém que esteja no Poder e que tenha
compaixão dele e reconheça seus direitos
e respeite sua condição de cidadão.
O
cristão deve ser político, viver a política, escolher bem seus representantes e
estar no lugar onde possa mudar o quadro atual de descaso e miséria. Precisamos
de uma bancada evangélica comprometida,
que não se contamine com os manjares do rei, que resista às tentações e que
seja impulsionadora de justiça.
Há
duas armas poderosas para fazer
acontecer mudanças: a oração e o voto consciente.
Que
Deus nos abençoe! Que o Espírito Santo
nos esclareça.
Carlos Alberto
Betinho
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir